Rubiaceae

Rudgea coronata (Vell.) Müll.Arg.

LC

EOO:

691.401,278 Km2

AOO:

124,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com ocorrência nos seguintes estados: ALAGOAS, município de Murici; BAHIA, município de Arataca, Buerarema, Entre Rios, Feira De Santana, Ilhéus, Itabuna, Mascote, Porto Seguro, Potiraguá, Rio De Contas, Uruçuca, Wenceslau Guimarães; ESPIRITO SANTO, município de Águia Branca, Alegre, Cachoeiro De Itapemirim, Castelo, Jaguaré, Linhares, Mimoso Do Sul, Santa Teresa, Sooretama; MINAS GERAIS, município de Lagoa Dourada, Paraopeba; PARANA, município de Morretes, São Joao Do Triunfo, Xambrê; RIO DE JANEIRO, município de Angra Dos Reis, Araruama, Armação De Búzios, Arraial Do Cabo, Cabo Frio, Campos Dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Casimiro De Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Italva, Itaocara, Magé, Mangaratiba, Maricá, Niterói, Nova Iguaçu, Petrópolis, Rio Das Ostras, Rio De Janeiro, Santa Maria Madalena, São Fidélis, São Pedro Da Aldeia, Saquarema, Silva Jardim, Teresópolis; SAO PAULO, município de Bertioga, Brotas, Cajuru, Iguape, Matão, Peruíbe, Restinga, Ribeirão Preto e Ubatuba. Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie não ocorre no estado do ALAGOAS e MINAS GERAIS.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Mário Gomes
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 6 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Foi documentada em Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Restinga associadas a Mata Atlântica presente em diversos municípios distribuídos pelos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição muito ampla, EOO=1026207 km², constante presença em herbários e diversos registros de coleta efetuados dentro do limites de Unidades de Conservação de proteção integral, além de mais de 20 situações de ameaça e presença em fitofisionomias com áreas perturbadas. Apesar das crescentes pressões antrópicas documentadas por toda a Mata Atlântica e particularmente nas Florestas Ombrófilas Mistas do sul do país (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001; Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016; Ribeiro et al., 2009; Simões e Lino, 2002), a espécie foi considerada como de Menor Preocupação (LC) novamente, dada sua amplitude espacial, presença em áreas protegidas formalmente, existencia de politicas nacionais de conservação de territórios situados dentro de sua distribuição (Pougy et al., 2018), e carência de dados sobre valor economico ou uso efetivo que possibilitem aferir eventual declínio populacional. Assim, recomendam-se ações de pesquisa (distribuição, números e tendências populacionais) e conservação (garantia de implementaçao efetiva de Planos de Ação) a fim de se ampliar o conhecimento sobre a espécie e suas subpopulações para assim garantir sua perpetuação na natureza. A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018) e será beneficiada por ações de conservação que estão sendo implantadas no PAN Rio, mesmo não sendo endêmica e não contemplada diretamente por ações de conservação. Também ocorre em territórios que serão contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territoriais, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Centro-Minas – 10 (MG), Território Espírito Santo – 33 (ES), Território Itororó – 35 (BA), Território Milagres – 39 (BA), Território Paraná – 19 (PR). eTerritório Vale do Paraíba – 30 (RJ).

Último avistamento: 2019
Quantidade de locations:
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

A espécie foi avaliada pelo CNCFlora em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como Menor Preocupação (LC) na Portaria MMA 443/2014 (MMA, 2014), sendo então necessário que tenha seu estado de conservação reavaliado após cinco anos da última avaliação. A subespécie Rudgea coronata subsp. saint-hilairei (Standl.) Zappi encontra-se avaliada como Criticamente em Perigo (CR) no Espírito Santo por .Martinelli e Moraes (2013).

Houve mudança de categoria: Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Flora 59: 449. 1876. Caracterizada por apresentar folhas com a base arredondada a subcordada, inflorescências com mais de sete ordens de ramos, muito curtos (até 3 mm de comprimento) R. coronata é uma espécie polimórfica com várias populações fixas reconhecidas como subespécies. (Zappi, 2003).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland
Detalhes: Árvores de até 6 m (Machado 11), ocorrendo nos domínios da Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020).
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Rudgea. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14248 (acesso em 19 de março de 2020).

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future national very high
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2002).
Referências:
  1. Simões, L.L., Lino, C.F., 2002. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. SENAC, São Paulo.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.2 Commercial & industrial areas habitat past,present,future national very high
Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Ecosystem Profile Atlantic Forest Biodiversity Hotspot Brazil. CEPF Conserv. Int. URL http://www.cepf.net/Documents/final.atlanticforest.ep.pdf (acesso em 31 de agosto de 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat past,present,future national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009).
Referências:
  1. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153. https://doi.org/10.1016/j.biocon.2009.02.021
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 3.2 Mining & quarrying habitat past,present,future national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153. https://doi.org/10.1016/j.biocon.2009.02.021
  2. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Ecosystem Profile Atlantic Forest Biodiversity Hotspot Brazil. CEPF Conserv. Int. URL http://www.cepf.net/Documents/final.atlanticforest.ep.pdf (acesso em 8.31.18).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national very high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas Dos Remanescentes Florestais Da Mata Atlântica Período 2016-2017. Fundação SOS Mata Atlântica e Inst. Pesqui. Espac. URL http://mapas.sosma.org.br/site_media/download/Atlas_Mata_Atlantica_2016-2017_relatorio_tecnico_2018_final.pdf

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada na Área De Proteção Ambiental Caminhos Ecológicos Da Boa Esperança (US), Área De Proteção Ambiental Carapiá (US), Área De Proteção Ambiental Costa De Itacaré/ Serra Grande (US), Área De Proteção Ambiental Da Bacia Do Rio Dos Frades (US), Área De Proteção Ambiental Da Bacia Do Rio Macacu (US), Área De Proteção Ambiental Da Bacia Do Rio São João - Mico Leão (US), Área De Proteção Ambiental Da Pedra Branca (US), Área De Proteção Ambiental Da Serra De Baturité (US), Área De Proteção Ambiental De Cairuçu (US), Área De Proteção Ambiental De Cananéia-Iguapé-Peruíbe (US), Área De Proteção Ambiental De Macaé De Cima (US), Área De Proteção Ambiental De Mangaratiba (US), Área De Proteção Ambiental De Maricá (US), Área De Proteção Ambiental De Muricí (US), Área De Proteção Ambiental De Petrópolis (US), Área De Proteção Ambiental Do Morro Dos Cabritos (US), Área De Proteção Ambiental Do Pau Brasil (US), Área De Proteção Ambiental Do Pico Do Goiapaba-Açu (US), Área De Proteção Ambiental Do Sacopã (US), Área De Proteção Ambiental Municipal Das Serras De Maricá (US), Área De Proteção Ambiental Ponta Da Baleia / Abrolhos (US), Estação Ecológica De Murici (PI), Estação Ecológica De Ribeirão Preto (PI), Estação Ecológica Juréia-Itatins (PI), Floresta Nacional De Pacotuba (US), Floresta Nacional De Paraopeba (US), Monumento Natural Municipal Da Pedra De Inoã (PI), Monumento Natural Municipal Do Pico Do Itaguaré (PI), Parque Estadual Cunhambebe (PI), Parque Estadual Da Costa Do Sol (PI), Parque Estadual Da Serra Da Tiririca (PI), Parque Estadual Da Serra Do Conduru (PI), Parque Estadual Da Serra Do Mar (PI), Parque Estadual Do Desengano (PI), Parque Nacional Da Serra Das Lontras (PI), Parque Nacional Da Serra Do Itajaí (PI), Parque Nacional Da Serra Dos Órgãos (PI), Parque Nacional Da Tijuca (PI), Parque Natural Municipal De Piraputangas (PI), Refúgio De Vida Silvestre De Una (PI), Reserva Biológica De Poço Das Antas (PI), Reserva Biológica Do Tinguá (PI) e RPPN Sítio Lagoa (US).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). A espécie será beneficiada por ações de conservação que estão sendo implantadas no PAN Rio, mesmo não sendo endêmica e não contemplada diretamente por ações de conservação.
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G., 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro, 1st ed. Secretaria de Estado do Ambiente (SEA): Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Centro-Minas – 10 (MG), Território Espírito Santo – 33 (ES), Território Itororó – 35 (BA), Território Milagres – 39 (BA), Território Paraná – 19 (PR). eTerritório Vale do Paraíba – 30 (RJ).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.